Remédios de alto custo roubados em Ribeirão Preto somam quase R$ 2 milhões, diz polícia
02/07/2025
(Foto: Reprodução) Ao todo, 1.998 unidades de medicamentos foram roubadas da Farmácia de Medicamentos Especializados (FME) do Hospital Estadual. Polícia Civil tenta identificar criminosos e apura possíveis informações privilegiadas. Divulgadas imagens do assalto à farmácia do Hospital Estadual de Ribeirão Preto
A Polícia Civil revelou nesta quarta-feira (2) que o assalto à Farmácia de Medicamentos Especializados (FME) do Hospital Estadual de Ribeirão Preto (SP), ocorrido na madrugada do último sábado (28), resultou no roubo de medicamentos de alto custo avaliados em R$ 1.972.358,11.
O crime teve como alvo a câmara fria da unidade e envolveu cinco criminosos encapuzados, que renderam funcionários e um médico para levar quase 2 mil unidades de remédios essenciais. Imagens de câmera de segurança mostram parte da ação (assista acima).
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Ao todo, 1.998 unidades entre ampolas e caixas foram subtraídas. A lista inclui remédios essenciais para o tratamento de diversas condições graves, como síndromes raras que demandam o uso de imunoglobulina, além de medicações para insuficiência renal, anemia e asma.
Entre os itens roubados, destaca-se um medicamento de alto valor destinado ao tratamento de crianças com uma doença genética rara que afeta o metabolismo celular e impede o crescimento. Cada unidade desse remédio custa pouco mais de R$ 5 mil, e o lote levado soma R$ 114 mil.
Um dos itens com maior quantidade subtraída foi um medicamento para asma, totalizando 307 unidades, avaliadas em R$ 565 mil.
Criminosos rendem funcionários e roubam medicamentos de alto custo de farmácia do Hospital Estadual de Ribeirão Preto, SP
Reprodução EPTV
Criminosos agiram com conhecimento prévio
As investigações da Polícia Civil apontam que o roubo envolveu cinco criminosos encapuzados que invadiram a farmácia. Câmeras de segurança registraram o momento em que a quadrilha rendeu funcionários e um médico.
O carro do profissional de saúde chegou a ser levado, mas foi localizado rapidamente nas proximidades.
Um dos pontos que mais chamaram a atenção dos investigadores foi a forma como os assaltantes agiram: eles se dirigiram diretamente à câmara fria da farmácia, demonstrando um conhecimento prévio da dinâmica de funcionamento do local.
Essa peculiaridade levanta a hipótese de que os criminosos agiram com informações privilegiadas, possivelmente vazadas.
"Temos certeza que houve um planejamento. Não foi algo repentino. Os envolvidos tinham conhecimento do local e sabiam o que buscavam. A investigação apura se alguém forneceu essas informações aos criminosos e está, de alguma forma, envolvido no assalto", afirma o delegado José Carvalho de Araújo Júnior.
A Polícia Civil segue investigando o caso para identificar e prender os responsáveis pelo crime e recuperar os medicamentos.
"Já registramos em Ribeirão Preto a participação de quadrilhas de São Paulo em crimes desse tipo. Contudo, é possível que o crime tenha sido encomendado a outros criminosos. Tudo isso faz parte da investigação. É fundamental a participação da população, com denúncias e indicações de qualquer detalhe sobre o ocorrido. Todas as informações são checadas pela polícia."
A EPTV, afiliada da TV Globo, pediu um posicionamento à Secretaria Estadual da Saúde nesta quarta-feira, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
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