Homem que manteve enteada em cárcere por 22 anos no Paraná vira réu e responderá por oito crimes

  • 02/10/2025
(Foto: Reprodução)
Polícia prende homem que mantinha enteada em cárcere há 22 anos A Justiça aceitou a denúncia contra o homem de 51 anos acusado de manter a própria enteada em cárcere privado por 22 anos em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele vai responder pelos crimes de perseguição, dano emocional, estupro de vulnerável, estupro, participações no crime de estupro de terceiros, filmar conteúdo de ato sexual sem autorização, cárcere privado qualificado e constrangimento ilegal. O g1 optou por não revelar o nome do homem a fim de não identificar a vítima e os filhos deles. O caso tramita em sigilo. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 PR no WhatsApp No dia 16 de setembro, a vítima de 29 anos e conseguiu fugir. Ela disse ao homem que precisava levar os filhos a um posto de saúde, mas foi até uma delegacia da Polícia Civil. À polícia, a jovem contou que era abusada desde os 7 anos de idade, engravidou dele aos 16 e se casou com o homem. Disse ainda que tem três filhos com ele, que a monitorava por meio de câmeras de segurança. Além disso, a jovem relatou que ele a obrigava a se relacionar com outros homens e registrava os abusos em vídeo. Segundo o delegado Eduardo Krüger, enquanto a vítima estava na delegacia, o homem ligou mais de 30 vezes e mandou mais de 15 áudios para ela. Alguns deles, com ameaças. Ele foi preso em seguida e, durante o interrogatório, negou os crimes. Em nota, a defesa do acusado afirmou que não vê surpresa no recebimento da denúncia. "Em casos como esses que versam sobre crimes dessa natureza, a acusação se limita a reproduzir as versões da vítima e ao judiciário compete receber a acusação e instaurar o devido processo legal, por meio do qual, não só os direitos da vítima como também do acusado serão assegurados", disse. A defesa da vítima disse, também em nota, que reitera o compromisso inabalável com a busca pela Justiça e pela responsabilização integral do réu pelo mal causado. "A manutenção da prisão preventiva do acusado, conforme decidido pelo Juízo, é fundamental para a garantia da ordem pública e da instrução criminal. Contudo, acima da reparação legal e da busca por condenação, o foco principal de todas as partes envolvidas, incluindo a equipe jurídica, é a preservação e a plena recuperação emocional e psicológica da vítima e das crianças envolvidas", disse. LEIA TAMBÉM: Violência contra mulher: Veja os canais de denúncia disponíveis no Paraná Ciclo da violência: Saiba como identificar Veja como fazer: Mulheres vítimas de violência no Paraná podem pedir medida protetiva pela internet 'Eu tinha medo, muito medo, ainda tenho', diz vítima Jovem mantida em cárcere privado durante 22 anos era ameaçada pelo suspeito RPC Em entrevista à RPC, a jovem deu detalhes de como era ameaçada por ele para continuar submetida à situação em que estava. Segundo ela, pressão psicológica e agressões também faziam parte da estratégia do homem para que ela não conseguisse buscar ajuda. "Eu sabia que ele é uma pessoa agressiva. Eu tinha medo, muito medo, ainda tenho. Ele falou muita coisa para mim. Ele me ameaçava. Falava que se eu não fosse dele, não seria de mais ninguém. Falava que a nossa separação seria só a morte", contou. Os abusos, de acordo com o relato à polícia, começaram quando ela tinha sete anos, época em que a mãe dela ainda era casada com o homem. A mãe da vítima não é considerada suspeita. Na investigação que apura o caso, ela é tratada como testemunha. Em entrevista à RPC, ela afirmou que também foi vítima de agressões do homem quando ainda era casada com ele e que não sabia da situação vivida pela filha. A polícia abriu uma investigação a fim de identificar e investigar quem são os outros homens suspeitos de abusar sexualmente da jovem. Segundo o delegado Eduardo Kruger, os abusos foram encontrados em vídeos salvos no celular do homem. O aparelho foi apreendido. LEIA MAIS SOBRE O CASO: Jovem foge do padrasto após passar 22 anos sob abusos e cárcere privado 'Falava que nossa separação seria só a morte': vítima detalha ameaças Suspeito enviou áudios ameaçando vítima enquanto ela estava na delegacia Mãe diz que também foi vítima de homem Adolescente denuncia abusos cometidos pelo pai após ver reportagem sobre jovem mantida em cárcere privado Polícia abre inquérito para investigar homens suspeitos de abusar de jovem mantida em cárcere privado Controle emocional e por vídeo Segundo a polícia, o agressor controlava a vítima emocionalmente para mantê-la em cárcere privado. A vítima também sofria agressões físicas e era monitorada por câmeras espalhadas pela casa. "Ela saía de casa raras vezes e o homem controlava de minuto em minuto o que ela estava fazendo", conta o delegado. Após a denúncia feita pela vítima, a polícia foi até a casa onde o homem morava e o prendeu em flagrante. Na casa, a polícia apreendeu as câmeras utilizadas para monitoramento e vídeos dos abusos no celular do indivíduo. LEIA TAMBÉM: Vídeo: Adolescente cai em buraco após calçada ceder em Curitiba Entenda: TCE suspende licitação do Governo do Paraná depois de empresa vencedora ser investigada por suspeita de ligação com PCC Camarão, pizza e batata frita: Empresário cria sabores diferentes de picolé A polícia foi até a casa onde o homem estava e o prendeu em flagrante Reprodução VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2025/10/02/homem-que-manteve-enteada-em-carcere-por-22-anos-no-parana-vira-reu.ghtml


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