‘É o fim de uma era de terror e morte. Este é o amanhecer histórico de um novo Oriente Médio’, diz Trump
14/10/2025
(Foto: Reprodução) Donald Trump fala no início de uma nova era no Oriente Médio
O presidente americano, Donald Trump, foi a Israel acompanhar a volta dos reféns e disse que esta segunda-feira (13) representa o início de uma nova era para o Oriente Médio.
Donald Trump acompanhou a libertação dos primeiros reféns ainda a bordo do Força Aérea Um, a caminho de Israel, e declarou:
"A guerra terminou. Vocês entenderam isso?".
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu recebeu Trump no aeroporto de Tel Aviv. Os dois seguiram juntos para Jerusalém. No Parlamento israelense, Donald Trump assinou o livro de visitas dizendo que esse dia representa um novo começo. Ele também conversou rapidamente com a imprensa, afirmou que está confiante com o cessar-fogo e que a guerra acabou.
Antes de discursar, Trump se reuniu com famílias e com ex-reféns. Or Levy, libertado em fevereiro, disse que espera que os corpos dos mortos também sejam devolvidos logo, para que as famílias tenham um desfecho. A mulher dele foi assassinada pelos terroristas no ataque de 2023.
‘É o fim de uma era de terror e morte. Este é o amanhecer histórico de um novo Oriente Médio’, diz Trump
Reprodução/TV Globo
No plenário do Knesset, os parlamentares receberam Trump com aplausos, de pé. Netanyahu falou primeiro. Lembrou a dor e o sofrimento causados pelos ataques terroristas de 7 de outubro. Chamou Donald Trump de "o melhor amigo que o Estado de Israel jamais teve na Casa Branca" e disse:
"Estou comprometido com a paz, você está comprometido com a paz e, juntos, alcançaremos a paz”.
O líder da oposição, Yair Lapid, também agradeceu. E, assim como Netanyahu, defendeu um Prêmio Nobel da Paz para Trump.
Trump disse que este não é apenas o fim de uma guerra, é o fim de uma era de terror e morte, e o amanhecer histórico de um novo Oriente Médio. Trump retribuiu o elogio a Netanyahu e brincou, dizendo que ele era duro para negociar. O presidente americano revelou ter dito ao primeiro-ministro israelense que a guerra em Gaza estava se tornando "ruim" e elogiou Netanyahu pela coragem de encerrar o conflito.
De improviso, Trump pediu sugeriu ao presidente Isaac Herzog que conceda um perdão a Benjamin Netanyahu. O primeiro-ministro responde a três processos por corrupção.
O presidente americano também agradeceu aos líderes árabes e muçulmanos que participaram das negociações. O discurso durou mais de uma hora e foi interrompido por dois parlamentares de oposição, que foram rapidamente retirados do plenário. Um deles, da minoria árabe, pedia o reconhecimento do Estado Palestino.
O presidente americano acenou também com uma oferta de negociação com o Irã, principal inimigo de Israel e dos Estados Unidos no Oriente Médio:
"Estamos prontos quando vocês estiverem, e vai ser a melhor decisão que o Irã já tomou", disse Trump.
Dirigindo-se também aos palestinos, Trump disse que o foco da população de Gaza deve ser restaurar as bases da estabilidade, segurança, dignidade e desenvolvimento econômico, para que possam dar aos filhos a vida melhor que merecem depois de décadas de horror. Trump disse que o pesadelo terminou para israelenses e palestinos, e falou que um futuro brilhante está ao alcance de todo o Oriente Médio.
Trump chegou a conseguir do presidente do Egito um convite para que Netanyahu fosse a Sharm el-Sheikh para a reunião de cúpula pela paz. Havia resistência de líderes como o presidente da Turquia. Mas acabou se despedindo do israelense no aeroporto.
Netanyahu disse que precisava permanecer em Israel para o feriado religioso que começa na noite desta segunda-feira (13).
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