É #FAKE vídeo mostrando suposta prisão de idosa que curtiu tuíte crítico a Trump; cena foi feita com inteligência artificial
14/10/2025
(Foto: Reprodução) É #FAKE vídeo que mostra prisão de idosa por ter curtido tuíte crtítico a Trump - cenas foram criadas com IA
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Circula nas redes sociais um vídeo que mostra uma idosa supostamente sendo presa nos Estados Unidos por curtir uma publicação crítica ao presidente Donald Trump. É #FAKE.
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⚠️ Como é a publicação falsa?
O vídeo foi originalmente publicado em 2 de outubro no TikTok, onde teve mais de 170 mil visualizações. Depois, viralizou no X e no Instagram. Uma das legendas, em espanhol, descreveu: "Prenderam uma mulher de terceira idade por dar like em um post criticando Trump". Outra, em português, alega:"EUA são uma ditadura". Elas omitem que o conteúdo foi criado com inteligência artificial (IA).
As cenas mostram uma idosa sendo algemada por um policial fardado, perto de uma viatura. A mulher diz, em inglês: "Eu não entendo. O que foi que eu fiz?". E ouve como resposta: "A senhora foi identificada por curtir um tuíte que desrespeitou o presidente dos Estados Unidos". Em seguida, argumenta: "Espera, eu só curti a foto". Finalmente, ouve: "É, conta essa ao juiz".
A versão do TikTok tem a marca d'água "gerado por IA". (Mesmo assim, muitos comentários nas redes indicam que as pessoas não se deram conta disso e acreditaram que se trata da filmagem de um episódio real.) Esse rótulo é uma exigência da própria plataforma, para mostrar se o material foi significativamente ou totalmente criado com esse recurso. Caso o perfil não faça o apontamento por conta própria, a rede social pode inseri-lo automaticamente.
🔎▶️ Como foi feita a checagem?
O Fato ou Fake submeteu o conteúdo à plataforma InVid, que fragmenta o vídeo em diversos frames (imagens estáticas). Depois, submeteu algumas dessas "fotos" Hive Moderation, que detecta uso de IA. Ele apontou que algumas delas têm mais de 98% de probabilidade de terem sido produzidas com esse recurso.
A pesquisa por esses mesmo registros em motores de busca, como o Google Lens, não apontou publicações confiáveis (como jornais, revistas e emissoras de TV) relatando qualquer episódio semelhante à detenção alegadamente vista no material que viralizou.
Além disso, o Fato ou Fake submeteu o vídeo à ferramenta Hiya Deepfake Voice Detector, que detecta áudios fabricados com IA. Resultado da análise: nota 1 (em uma escala que vai de 0 a 100). Um valor baixo como esse indica que o material analisado tem altíssima probabilidade de ser deepfake (técnica de adulteração que permite alterar conteúdos como vídeos e fotos).
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